O doce que toda mulher faz...

Não, este não é mais um post culinário – apesar de que eu posso ensinar a fazer brigadeiro, receita mais que providencial para os meus dias de TPM e fins de semana frios, quando eu recorro à panela de doce e ao dvd do Sob a Luz da Fama e…tá, voltemos ao tópico. Não é dos docinhos gostosinhos que vou falar. Eu sei que é mais do mesmo, entretanto esse é um daqueles enigmas da humanidade que só Freud explicaria como falta de pica: por que tantas mulheres fazem doce?
Lá está você, Macho Alfa, demonstrando todas as suas 365 intenções para a sua vítima, ela se mostra receptiva, dá brecha, e quando você chega junto, a infeliz pula fora. Fica cheia de manha dizendo que não, enquanto enrola o cachinho de garota propaganda da Kolene, e você não entende porque diabos ela te deu mole e agora tá se fazendo. Pronto, você está diante de uma legítima manifestação feminina de açúcar no rabo. Mas pra que você entenda o motivo de estar sendo feito de babaca pela guria, aí vai uma especulação: não duvido nada que muitas mulheres ajam assim por causa da visão machista de que “mulher que presta” tem que ser difícil.
Na nossa cabecinha, quando a gente fica no “não trepa nem sai de cima”, vocês e seu orgulho besta tornam o possível “cato” numa questão de honra. E às vezes vocês só queriam uns pegas, mas passam a nos ver com outros olhos, se interessam e dedicam toda sua expertise em prol da conquista. Já cansei de ouvir amigos meus dizerem que “fulana é pra casar”, porque não é fácil e se valoriza. Parece que mulher que faz doce instiga mais o sujeito, e o meliante só sossega o rabo quando consegue abater a presa, isso quando não fica apaixonadinho e corre atrás da mulher feito um corno. Daí a gente vira o troféu do Campeonato Brasileiro ou aquele time de futebol de botão da Copa de 70 que vocês fazem questão de mostrar pra todo mundo.
Outra razão pela qual o mulherio faz doce é o prazer de ver os homens aos seus pés. Porque, men, confessem, pra conseguirem o objeto de desejo, vocês são capazes de qualquer coisa. E homem gosta de impressionar. Então, seja por fins lucrativos, por status, por qualquer outra coisa, tem mulher que faz cu doce até conseguir o que quer. Principalmente quando se trata de grana e fama. É só deixar o cara na vontade.
Confesso que sou adepta da tática em doses homeopáticas. Primeiro porque sou mulher e isso é default; e segundo porque eu sou implicante. Faço doce por exercício da maldade e influência da TPM. Não preciso fazer doce pra ganhar nada porque grças a Deus meu marido não deixa faltar. Mas não vejo muita graça em ficar enrolando o outro, não. Quer, bem. Não quer, deixa o cara investir na próxima. Ficar de onda pra segurar o bofe é perda de tempo, porque quando a mulher também tem interesse, acaba cedendo mais cedo ou mais tarde. Ou então, se o enrolo é demorado em demasia, o sujeito desiste, afinal, doce demais enjoa. Daí, colega, vai ficar chupando o dedo quando poderia praticar o verbo com partes da anatomia masculina muito mais interessantes.
Um docinho de vez em quando é bom, mas não seria melhor evitar o exagero, simplificar as coisas e aproveitar tempo e saliva em atividades mais agradáveis?