quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Metadinhas...

Não sou um brinquedo que pode se quebrar facilmente. Não tenha medo. Não sou feita de vidro nem de porcelana. Não tenho aparência frágil, tenho?
É insuportável quando você nota que está recebendo meias verdades, meio sentimentos, meia bronca, que a pessoa não te te contando tudo achando que isso é melhor pra você. Desculpa baby, odeio metades. 
Gosto do inteiro. Sou inteira e me entrego assim. Quando tenho algo que realmente quero dizer, digo por inteiro. Por que cargas d'água as pessoas não me tratam assim?
Penso que devo parecer ser algo muito fácil de quebrar, de se desmanchar, algo que não sobreviva à sinceridade.
Aviso aos navegantes: eu sou feita de carne, osso e alma, e nenhum deles se quebra com verdades.
Penso também, que talvez às pessoas não confiem em mim, ou me achem imatura, ou acham que eu posso matar alguém...
Ei... apesar de gritar alto, eu não seria capaz de matar alguém... nem gosto de sangue... passo mal.
Definitivamente não sei quem as pessoas acham que eu sou. Sei de algumas coisas, sei que que eu posso até assustar, mas tenho a nítida impressão de que ninguém me conhece.
Nem meu pai, nem minha mãe, nem meu marido, nem meus amigos... as vezes penso que você que lê meu blog talvez me conheça, mas daí eu lembro que você só me conhece por dentro, uma parte, assim como todo mundo. Queria que todos me conhecessem de verdade, me pouparia lágrimas, discussões, caras feias, inimizades, oposições e bajulações. 
Mas daí também... qual seria a graça de ser tão transparente assim? 
Cheguei a conclusão que tudo isso é culpa minha. 
Não tenho sido tão aberta com ninguém. E tô certa que estou certa. Não dou a ninguém tudo de mim, em troca elas me dão metades e a falsa idéia de que me intrego por inteiro talvez seja só minhas emoções, meus pensamentos eu também guardo mais que as metades. 
Taí, vou guardar a mágoa de ser tratada assim e vou continuar sendo assim também.  mas digo já que minhas metades são dadas de coração, sempre achando que vão achar a minha outra metade, e não tô falando de alma gêmea não.

Beijos... =)
Danielle Lima

domingo, 15 de agosto de 2010

Daquilo que se queria ser praquilo que se tornou...


"Lá vou eu como um barco... sem rumo e sem farol..."

Opa... entramos no ultimo semestre do ano e só hoje eu parei pra ver uma coisa: como estão sendo meus dias.
Anda tudo tão corrido, tão acelerado na minha vida que eu por muitas vezes esse ano já me perdi de mim mesma, tentando achar no corre-corre quem eu sou. 
Fim da minha pós graduação, montagem da Ópera do Malandro na Escola de Artes Cênicas, provas, mudanças na escola, mais uma bateria de testes e ainda tem meu blog que eu não posso largar, tudo isso me enlouqueceu nos ultimos meses. 
Quem é de fora sempre acha que caiçara passa o dia na praia, surfando, curtindo a marola e vive bronzeado. Sendo assim, não sou mesmo mais tão caiçara... Branca com bronze de escritório, acordo as 6h30 da manhã pra começar o dia e só termino ele as 1h quando consigo dormir. Sinceramente isso não tá me fazendo muito bem, não ando muito sáudavel, fico doente por qualquer coisa, unhas e cabelos enfraquecidos pela falta de vitamina e stress.
Ai...Quando a gente é adolescente tem tudo planejado pro nosso futuro né?
É só remexer minhas coisas antigas e ver aquela famosa camiseta rabiscada dos amigos do colégio...
Ai.. eu rio quando releio os recadinhos da galera cheios de coisa tipo : "daniii... boa sorte na sua facul de farmácia, vai ser a unica farmaceutica marketeira" ...rs.... Sentiu como não segui meus planos? rs...
Ai eu queria ser famacêutica e bioquimica, dizia até que só iam descobrir a cura da Aids quando eu me formasse...rs.. Ok.. sempre fui um pouco pretenciosa. Achava que podia fazer tudo ao mesmo tempo, Farmácia, Publicidade e Artes Cênicas... loka né? 
Queria ter a minha própria compania de teatro, já que como fiz teatro desde criança, imaginei que com 20 já seria dona do mundo.
Ai... que saudades de todos esses planos e que bom que eles não se realizaram.
Sim.. bom! Precisei sair fora deles pra me tornar o que sou hoje... e sinceramente sou muito feliz e satisfeita pelas peças que o destino me mandou, eu até amadureci um pouquinho acredita? rs... Suspeito que se tivesse sido aquilo que eu achava que podia ser bom pra mim, hoje eu não tava eu estaria mais perdida do que cega em tiroteio. Teria me perdido pelo caminho e fracassado.
As coisas não sairam como eu esperava aos 16 anos, mas hoje aos 23, eu to pos graduada numa profissão que eu sei que teria um puta futuro promissor, digo isso pelos prêmios que recebi durante a faculdade e porque sim, eu tenho talento pra publicidade, e mesmo assim to com o diploma guardado lá na faculdade, porque nem fui buscar ainda. Não que eu não goste da Publicidade, mas precisei passar por mil caminhos pra encontrar o que eu realmente amo fazer na essência, e desculpa pai, desculpa mãe, eu amo o teatro. Descobri a única coisa que eu faço com tesão e sinto prazer fazendo, além de sexo, uma coisa da qual por mais cansativo, por mais estressante, por mais enlouquecedor que seja, eu amo mesmo assim e fico feliz mesmo chegando em casa e desmaindo de cansanço. Isso realmente bota um brilho nos meus olhos. Nesse ultimo ano eu não ganhei nenhum dinheiro e tô muito realizada, porque ganhei confiança em mim mesma. Não que eu me ache uma atriz fenomenal, mas hoje eu sei que eu posso chegar lá.

Queria ter um apartamento de frente pro mar aos 18, hoje tenho um quarto, sala, cozinha e banheiro num bairro bem longe da praia. De farmacêutica virei publicitária, e com feeling pra cinema, aliás, já sei o que fazer pra ganhar dinheiro quando eu ficar velhinha: serei cineasta... rs... mas hoje eu quero mesmo é ser atriz.

Absorvi todo o conhecimento que passou na minha frente a vida toda e hoje eu sei que mesmo não sabendo tudo que eu preciso, de tá começando na profissão de verdade agora, depois de quase 6 anos estudando pra outro, minha cabeça tá lotada de coisas uteis que aprendi nesses anos que me garantem poder encarar o mundo de frente.

Meus amigos não são os mesmos da época da escola. A gente sempre acha que de um jeito ou de outro a gente vai arrastá-los pela vida toda. Ainda bem que existe orkut e pelo menos nos aniversários a gente troca scrap, porque a vida sempre leva cada um prum lado. Isso é bom também, nos obriga a abrir horizontes e formar novos circulos, apesar de sempre ter um time pequeno que a gente segura o quanto pode pela mão pra não se perder, mesmo morando longe, a gente faz questão de estar perto em sentimento.

Durante os ultimos anos, várias pessoas passaram na minha vida e fizeram eu me tornar mais forte do que eu achava que fosse, mais capaz e me desafiaram a ser melhor que eu mesma achava que era e isso é muito gratificante, as vezes nem agradecemos de verdade mas a gente sabe o quanto as pessoas nos querem bem e as que não querem também...e isso é muito bom...rs.  

Tô com fome de futuro.

Quero uma boa leitura, um papo-cabeça em que eu possa clarear. Preciso de música boa, filmes de verdade e pensadores que me façam voar. E não me importo se estes são da época do my space, youtube e afins ou se tenho que vasculhar séculos para achá-los.
Preciso que as pessoas ao meu redor acreditem mais em mim, preciso de apoio. Não quero ficar perdida em mim mesma por questões impostas pelos outros, quero continuar eu mesma, escolhendo as opções que o destino me propõe.
As vezes a unica coisa que me cansa é só de ser tachada de impaciente, inquieta, inconstante, emocional, incomunicavel, introspectiva e intoleravel como se tudo isso fosse só ruim, isso sou eu e que mal há nisso? mas depois isso passa também...
Na verdade o que procuro é "pureza". Na arte, nas coisas e nas pessoas. E para alcançá-la, às vezes é preciso ser muito impactante. O que é puro, é sincero, e isto, muitas vezes é brutal.
E talvez quem eu era há uns anos atrás não pareça nem um pouco com quem eu sou hoje e talvez o que sou hoje não parecerá com quem eu serei daqui há mais alguns anos, mais ai é que tá a graça da vida, a mudança, a invenção, a reinvenção, o encontro e o desencontro nosso conosco mesmo. E tá bom pra mim....

"Lá vou eu como um barco... que já sabe o seu farol"

Bjos doces e sorrisos azedos pra vcs..
Danielle Lima =)


domingo, 8 de agosto de 2010

Sobre decisões definitivas e escolhas...


Certo ou errado... justo ou injusto.. razão ou emoção.. cabeça ou coração...
Não existe uma fórmula certa pra tomar decisões... Afinal, o que é certo e justo pra mim pode ser o oposto pra você... A unica coisa certa na tomada de decisões é que sim... aquele papo de cada escolha uma renúncia e, a gente não pode avançar sem deixar um monte de coisas pra trás, é sim verdade. E me desculpe se você não queria saber disso.
Escolher dói... dóí em quem escolhe, dói pra quem torcia que a escolha fosse outra.. mas ei... a escolha é só sua.. e se você sofre quando tem que decidir alguma coisa, seja bem vinda ao mundo das pessoas grandes e chatas.
 Quando a gente é criança os outros escolhem por nós e se temos que escolher alguma coisa não nos preocupamos de verdade com a repercução disso, então escolhemos os sabores e cores da nossa vida sem culpa... Mas assim que mesmo sem querer somos iniciados no mundo das pessoas grandes e chatas a primeira coisa que temos que fazer é escolher algo, é um rito de passagem. De cara, falam pra gente escolher o que queremos do futuro, pra qual profissão prestaremos vestibular, em que universidade e nos dizem que é isso que vai nos definir como pessoa. Hey baby... se você realmente acha que isso é verdade... sinto muito mais é melhor acordar... o que nos define não são nossas escolhas mas como escolhemos...
Enquanto crianças somos uma flecha sendo lapidada pra ser usada no arco dos nossos pais pra encontrar o sonho que eles tiveram em relação a nós... agora se você vai continuar sendo flecha e vai seguir diretamente e acha que depois disso você não vai mais poder mudar, que você vai ter que ser o advogado formado pelo Usp pela vida inteira e só isso... acorda!!! Vou te contar um segredo... quando eles nos atiram como flechas, de uma forma mágica nos tornamos pássaros, isso mesmo, pássaros, e voamos pra onde nós realmente queremos. Se voamos pro destino pra onde iriamos quando flecha, graças termos virado pássaros a gente pode voar de lá quando quisermos, e podemos ficar também, sem dramas. Claro que seu pai vai achar mais bonito dizer que tem um filho advogado do que um filho ator/palhaço... é mais bonito pra contar nas rodas dos amigos, mas o que dá mais felicidade hein?E ele não quer que você seja feliz? Todo pai quer, sem exceção, a chatice deles é sempre baseada nisso. Não tenha medo de não seguir o destino como uma flecha, nem de não ir pra lugar nenhum e de fazer ninho em outro lugar, não existe certo ou errado, existe apenas uma escolha, das milhares que você vai fazer na vida. Logo mais você vai ter que escolher com quem casar, se vai ter filhos ou não, quantos, se vai seguir na profissão da qual se formou [sim, diploma n é garantia de certeza], se vai continuar num relacionamento ou não, se vai ser feliz ou triste... você vai escolher tudo, a vida inteira, e vai ser sempre... uma eternidade de escolhas com cara de definitivas como no vestibular, mas olha, definitivo mesmo só que a gente morre, nem o que acontece depois é definitivo. Não tenha medo de escolher, não tenha medo de ser egoísta nesse momento, a vida é sua, mas também não ache que é ridiculo ceder numa escolha pra viver mais confortavelmente por enquanto e depois se você escolher mudar de idéia mude.... O problema está só em viver achando que não se pode mudar e psiu... você sempre pode mudar.
Eu??? Tenho tantas escolhas pra fazer...
Como disse... mesmo depois da universidade elas nunca acabam...
E sabe.. já sofri horrores por causa delas... hoje.. tenho menos medo de escolher porque errar realmente é tão comum... e todo mundo tem o direito... então sempre escolho, com um frio na barriga, mas escolho. E tenho sido muito feliz assim apesar das milhares de dúvidas e caminhos que surgem todos os dias... mas já que é só assim que a gente vive... quero mais é viver...e sei que você também quer... não me engana hein? rs...

Beijoquinhas... ;)
Danielle Lima