quinta-feira, 2 de junho de 2011

Falando...

Adoraria saber de verdade quem eu sou.. do que sou capaz... Será que alguém sabe? As vezes penso que não saí da adolescência, minhas duvidas não terminaram. Ou será que serão eternas? Ninguém nunca me ensinou sobre isso. Só dizem o que eu não sou. Quem ou o que eu não sou. Quem ou o que eu não sou eu também sei, mesmo que me doa. Tenho minhas convicções que eu gostaria que fossem mais convictas, queria ter fibra pra nunca me deixar abater. Sei que nesse mundo nada é fácil, que trilhar caminhos é sempre cansativo. Mas eu canso. E quando canso penso porque comecei a andar. Não me arrependo da estrada. Não me arrependo de mudar de direções algumas vezes em tão pouco tempo de vida. Não me arrependo. Canso. Canso, choro e no silêncio peço arrego. Não conto pra ninguém. Não aceito dizer pra ninguém que canso. Mas queria ser tão forte quanto eu pensei que era. Queria ser tão inabalável quanto pensei que era. Talvez eu seja. Talvez seja só o cansaço. Sinto que ninguém entenderia se eu falasse. Sinto que ninguém entende. Porque as pessoas nem sempre captam isso no nosso olhar. Esse olhar que eu dissimulo tentando não enfraquecer. Minha voz sobre isso é sempre muda. Escrevo porque não preciso falar. Preciso pensar. E é como se como o som não sai ninguém sabe. Minha voz. Voz instável. Voz muito característica. Se a voz é o sopro da alma eu digo: minha alma é reservada pra esses assuntos, mas quando sai, me entrega uma pessoa que não sei quem é. Eu, minha voz, minha alma. Uma confusão?  Um caminho. Algo que não sei dizer. E enquanto eu e minha voz não entramos num acordo, fico aqui calada. Deixa meus dedos falarem e quando eu tiver menos perdida a gente conversa. 

Nenhum comentário: