segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fast Food ...

Percebi que ultimamente todos tem um medo inexplicável de se relacionar. Uma pulguinha atrás da orelha, um pezinho atrás com o/a fulano/a, e certa culpa por se sentir assim. Aí fiquei pensando: será a tão já falada idéia das relações descartáveis? Será desilusão uma atrás da outra? Será que só existe uma relação especial profunda e doída e depois dela nunca mais? Eu não sei. Mas como explicar essa dúvida que atormenta a cabeça das pessoas pós vinte , que não conseguem se jogar e se armam até os dentes de tolerância zero contra os defeitos e possíveis sacanagens do outro? Algumas inclusive pulando de cama em cama e fazendo questão do desapego. Eu não sou psicóloga. Mas é muito ruim viver assim. Sem a sensação de “deixa a vida me levar”. A coisa se torna racional: “ele é bacana, me trata bem, é carinhoso, inteligente” e ainda assim tem o “mas não sei...” como se a gente estivesse namorando um tigre! Lindo e perigoso, bonitinha mas ordinária.Ok. Que a gente não PRECISA mais de homem (ou mulher) é fato. Ninguém precisa de ninguém na verdade. A gente só está com alguém porque quer, porque gosta, porque se sente bem. Ou deveria ser assim. Será por isso que dura menos? A gente pondera menos e corta mais? Pode ser. Será que a gente não acredita mais na índole das pessoas? Também pode ser. Já ouvi essas duas hipóteses. Mas que pena né? Viver ressabiado e no fastfood amoroso não é bom pra ninguém. Pelo menos não por muito tempo...
Eu? Bem... tenho que confessar que já estive nesse mesmo caminho, fastfood amoroso, sempre desconfiada de todos, sempre achando que devia ser mais racional e menos emocional, com medo de levar as coisas a sério, medo dos outros saberem dos meus sentimentos, medo de acreditar nos sentimentos dos moçoilos que me relaciono, medo de sofrer, medo de admitir que também sou mulherzinha as vezes e que não gosto de ficar só, mais medo ainda de parecer uma louca a procura de alguém pra chamar de meu namorado, até porque confessando na real, eu não tava muito afim disso não, mas tem coisas nessa vida que a gente não controla. Aí um dia eu me tranquilizei, perdi o medo e deu no que deu. Casei.

É muito bacana quando você se pega pensando sem parar na mesma pessoa. Não, não naquela vaca que você quer matar, não questionando se o cara tá afim de sexo e só, e sim pensando com amor. Ter os pensamentos mais bonitos que já teve em relação a alguém, sentimento puro, incondicional, carinho enorme, vontade de cuidar, de fazer feliz, de dar toda a atenção e carinho do mundo.

Verdade que sempre fui meio ogra pra sentimentos, nunca me dispus a amar alguém como nos filmes, como nas histórias e como até meus pais se amam. Sempre tive carinho egoista pelas pessoas, gostava mas queria que elas fizessem o que eu queria, como eu queria e não me importava se estavam felizes ou não, muitas vezes até dizia quando redclamavam "não tá satisfeito sai fora!". E não me comovia se fossem mesmo ou não. Mas, dessa vez eu não quero que vá embora nunca, dessa vez eu quero ser feliz também mas principalmente fazer o outro feliz. Sabe que no meio dessa minha personalidade turrona e insensivel, alguém me fez pensar que vale a pena dar o braço a torcer as vezes, abdicar de algumas coisas, que cada escolha é sim uma renuncia. E sim, dessa vez eu quis fazer dar certo, quis fazer valer a pena... quis finalmente o meu "que seja eterno enquanto dure"... porque dessa vez eu tô certa que é amor. Não to muito me importando mais com minhas futilidades, pré-requisitos e blá blá blás que eu sempre usei pra afujentar quem gostava de mim, porque dessa vez eu quis ser amada de verdade, e se eu não for, paciência.... sou grandinha já... o que vai mais me deixar feliz é saber que pelo menos uma vez nessa minha tão bobinha vida eu amei.... Claro, não to afim de conjugar o verbo amar no passado tão cedo...Uiaaa... momento "in love" como diria o Jow ... kkkkk


Bjooooosss p meninada....
Danielle Lima ;)

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