domingo, 31 de agosto de 2008

Mudernice...

Era uma vez um casal moderninho. Os dois tatuados, trabalhavam com moda, drogaditos, faziam as baladas separados. Enquanto um cuidava do filho, o outro saía com os amigos. E vice-versa. E quando alguém cuidava do baby, eles também saíam separados. Eu jurava que eles tinham um relacionamento aberto. E que eram felizes. Vi várias vezes tanto um quanto o outro ficarem com terceiros na night. E tudo bem.Eles não foram felizes para sempre. Separaram-se quando um se apaixonou. E a coisa foi bem trágica. Não estava tudo bem e não havia relacionamento aberto coisa nenhuma. Apenas o desleixo, a falta de respeito, uma concepção torta de um casamento que já tinha terminado faz tempo.
Mas também era uma vez um relacionamento aberto de verdade: ela uma jornalista talentosíssima, bonita e segura de si. Ele um cenógrafo também talentoso e bonito, porém um pouco inseguro. Ela era tarada. E sexo não era a coisa mais importante no mundo pra ele. Fizeram um acordo: poderiam sair com outras pessoas. Ela foi viajar e se apaixonou em segredo. Sofreu muito, mas optou pelo relacionamento que já tinha. Ele foi viajar e ficou com outra garota. Contou para a namorada. Foi um drama. A menina virou um fantasma que a namorada via nele, com ele, nos detalhes da viagem. O amor deles não superou isso, apesar de ser um dos mais lindos que eu já vi. Moram hoje cada um num canto do mundo.
Agora uma situação comum: um casal que por falta de alternativas, reveza os cuidados com o filho para o outro sair com os amigos.

Eles não têm a intenção de ficar com outras pessoas, apenas se divertir. Inofensivo? Nem tanto.A diversão está longe dos dois juntos. Juntos, eles só têm as contas da casa, as responsabilidades, a vida adulta. A parte legal acontece quando estão longe um do outro. Até que um deles acha alguém que divide afinidades e os momentos de lazer e a paixão é livre de todos aqueles pesos. Fim do casamento.
Eu confesso, vivi uma historinha parecida. Por isso que podem me chamar de careta, radical, mas relacionamento aberto não existe. Muito menos a traição inofensiva. Eu ((ainda)) acredito que a gente pode ficar com alguém simplesmente porque ama e não quer outra pessoa por perto. Simples assim.

Hoje é tão fácil né? Nada impede alguém de ficar com 10 pessoas ao mesmo tempo sem compromisso. Então por que ser hipócrita e fingir exclusividade, namoro, casamento? Ninguém precisa mais disso.Talvez esse seja um lado bom dessa nova era. Vão restar os casais que se gostam de verdade. E talvez ((talvez)) a fidelidade exista em algum lugar. Porque não é mais imposição. É por vontade, carinho, respeito pelo outro.E se você conhece um relacionamento aberto declarado que esteja dando certo há um bom tempo, por favor me conte! Quem sabe eu não mudo de opinião? Porque por enquanto para mim essa não cola!

Música do dia pra mim... http://br.youtube.com/watch?v=VudS00JZH2c

Até a próxima galerinha!

Beijoooosss e abraços pra todos....

Dani Lima :)


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